ÁREA CIENTÍFICA

Por que consumir água e não outros líquidos?

O objetivo deste texto é falar sobre os diversos líquidos consumidos no dia a dia e, demonstrar, com embasamento científico porque consumir água e não outros líquidos é a atitude ideal para quem quer ter uma vida saudável.

Os altos índices de sobrepeso e obesidade estão gerando muitos estudos para avaliar fatores de risco e proteção para esta epidemia (1). Uma das hipóteses é a substituição do consumo de água por bebidas adocicadas (2,3).

Refrigerantes e outros líquidos adocicados estão relacionados com obesidade, síndrome metabólica, esteatose hepática (fígado gorduroso), resistência insulínica e diabetes.

Refrigerantes são um dos principais fatores que contribuem para a obesidade na infância e adolescência. Os refrigerantes já foram banidos nas escolas da França e Inglaterra e de algumas cidades dos Estados Unidos, como Los Angeles e Miami (4).

O consumo de refrigerante está diretamente associado a ganho de peso. 5, 6,7,8,9

Refrigerantes são adoçados com xaropes ricos em frutose. A frutose não suprime a grelina (ligada a sensação de fome), nem estimula a insulina nem a leptina (ligadas à sensação da saciedade). (10, 11). A frutose estimula 7x mais do que a glicose a formação de produtos de glicação, que são nocivos para a saúde. A frutose é predominantemente metabolizada no fígado e vira triglicerídeo e ácido graxo (10,11). Por isto que o consumo de refrigerante, sucos e de xarope rico em frutose está relacionado a esteatose hepática (12, 13,14). A frutose também estimula a lipogênese, o que leva ao ganho de peso e obesidade, inclusive em crianças (15, 16, 17, 18, 19, 20).

Além disso, o consumo de líquidos ricos em frutose (como refrigerantes e sucos) está relacionado à resistência insulínica (21, 22, 23), diabetes (24, 25,26) 39, 40, 41 e síndrome metabólica (24,25,26).

O consumo de água no lugar do consumo de refrigerantes reduziu significativamente o consumo total de calorias durante as refeições (27, 28) e reduziu significativamente o peso (29).

Conclusão: Trocar a água por outras bebidas é prejudicial à saúde

Portanto, para quem quer ter uma vida saudável, deve consumir preferencialmente água ou sucos com pouca ou nenhuma quantidade de frutose, como o suco de limão, desde que não seja adoçado.

Mas toda água é igual? Qual a melhor água para se consumir?

Não. A água ideal deve ser:

  • Purificada
  • Rica em Minerais
  • Rica em Magnésio
  • Pral negativo (poder alcalinizante)
  • Antioxidante

Quer se tornar um especialista em água?

Acesse estes conteúdos que preparamos especialmente para você:

Referências Bibliográficas:

  1. Haslam DW, James WP. Obesity. Lancet 2005;366:1197–209.
  2. Popkin BM. Contemporary nutritional transition: determinants of diet and its impact on body composition. Proc Nutr Soc 2011;70:82–91.
  3. Wolf A, Bray GA, Popkin BM. A short history of beverages and how our body treats them. Obes Rev 2008;9:151–64.
  4. Effects of Soft Drink Consumption on Nutrition and Health: A Systematic Review and Meta-Analysis. Lenny R. Vartanian, PhD, Marlene B. Schwartz, PhD, and Kelly D. Brownell, PhD. American Journal of Public Health. April 2007, Vol 97, No. 4
  5. Berkey CS, Rockett HR, Field AE, Gillman MW, Colditz GA. Sugar-added beverages and adolescentweight change. Obes Res. 2004;12:778–788.
  6. Schulze MB, Manson JE, Ludwig DS, et al. Sugarsweetened beverages, weight gain, and incidence of type 2 diabetes in young and middle-aged women. **2004;292:927–934.
  7. Striegel-Moore RH, Thompson D, Affenito SG, et al. Correlates of beverage intake in adolescent girls: the National Heart, Lung, and Blood Institute Growth and Health Study. J Pediatr. 2006;148:183–187.
  8. Bes-Rastrollo M, Sanchez-Villegas A, Gomez- Gracia E, Martinez JA, Pajares RM, Martinez-Gonzalez MA. Predictors of weight gain in a Mediterranean cohort: the Seguimiento Universidad de Navarra Study 1. Am J Clin Nutr. 2006;83:362–370.
  9. Ludwig DS, Peterson KE, Gortmaker SL. Relation between consumption of sugar-sweetened drinks and childhood obesity: a prospective, observational analysis. **2001;357:505–508.
  10. Cook GC. Absorption products of D(-) fructose in man. Clin Sci 1969; 37: 675-687
  11. Dencker H, Meeuwisse G, Norryd C, Olin T, Tranberg KG. Intestinal transport of carbohydrates as measured by portal catheterization in man. Digestion 1973; 9: 514-524
  12. Tuovinen CG, Bender AE. Some metabolic effects of prolonged feeding of starch, sucrose, fructose and carbohydrate-free diet in the rat. Nutr Metab 1975; 19: 161-172
  13. Davail S, Rideau N, Bernadet MD, André JM, Guy G, Hoo-Paris R. Effects of dietary fructose on liver steatosis in overfed mule ducks. Horm Metab Res 2005; 37: 32-35
  14. Nandhini AT, Balakrishnan SD, Anuradha CV. Response of liver antioxidant system to taurine in rats fed high fructose diet. Indian J Exp Biol 2002; 40: 1016-1019
  15. . Whitaker RC, Wright JA, Pepe MS, Seidel KD, Dietz WH. Predicting obesity in young adulthood from childhood and parental obesity. N Engl J Med 1997; 337: 869-873
  16. Dietz WH, Gortmaker SL. Preventing obesity in children and adolescents. Annu Rev Public Health 2001; 22: 337-353
  17. Birch LL, Davison KK. Family environmental factors influencing the developing behavioral controls of food intake and childhood overweight. Pediatr Clin North Am 2001; 48: 893-907
  18. Patrick H, Nicklas TA. A review of family and social determinants of children’s eating patterns and diet quality. J Am Coll Nutr 2005; 24: 83-92
  19. Dubois L, Farmer A, Girard M, Peterson K. Regular sugarsweetened beverage consumption between meals increases risk of overweight among preschool-aged children. J Am Diet Assoc 2007; 107: 924-934; discussion 934-935.
  20. James J, Thomas P, Cavan D, Kerr D. Preventing childhood obesity by reducing consumption of carbonated drinks: cluster randomised controlled trial. BMJ 2004; 328: 1237.
  21. Nagai Y, Nishio Y, Nakamura T, Maegawa H, Kikkawa R, Kashiwagi A. Amelioration of high fructose-induced metabolic derangements by activation of PPARalpha. Am J Physiol Endocrinol Metab 2002; 282: E1180-E1190
  22. Stanhope KL, Schwarz JM, Keim NL, Griffen SC, Bremer AA, Graham JL, Hatcher B, Cox CL, Dyachenko A, Zhang W, McGahan JP, Seibert A, Krauss RM, Chiu S, Schaefer EJ, Ai M, Otokozawa S, Nakajima K, Nakano T, Beysen C, Hellerstein MK, Berglund L, Havel PJ. Consuming fructosesweetened, not glucose-sweetened, beverages increases visceral adiposity and lipids and decreases insulin sensitivity in overweight/obese humans. J Clin Invest 2009; 119: 1322-1334
  23. McDevitt RM, Bott SJ, Harding M, Coward WA, Bluck LJ, Prentice AM. De novo lipogenesis during controlled overfeeding with sucrose or glucose in lean and obese women.
  24. Thorburn AW, Crapo PA, Griver K, Wallace P, Henry RR. Long-term effects of dietary fructose on carbohydrate metabolism in non-insulin-dependent diabetes mellitus. Metabolism 1990; 39: 58-63
  25. Cohen AM, Teitelbaum A, Rosenman E. Diabetes induced by a high fructose diet. Metabolism 1977; 26: 17-24
  26. Schulze MB, Manson JE, Ludwig DS, Colditz GA, Stampfer MJ, Willett WC, Hu FB. Sugar-sweetened beverages, weight gain, and incidence of type 2 diabetes in young and middleaged women. JAMA 2004; 292: 927-934
  27. Dennis EA, Flack KD, Davy BM. Beverage consumption and adult weight management: A review. Eat Behav 2009;10:237–46.
  28. Daniels MC, Popkin BM. Impact of water intake on energy intake and weight status: a systematic review. Nutr Rev 2010;68:505–21.
  29. Association between water consumption and body weight outcomes: a systematic review1–3 Rebecca Muckelbauer, Giselle Sarganas, Anke Grüneis, and Jacqueline Müller-Nordhorn Am J Clin Nutr 2013;98:282–99
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn
Share on whatsapp
WhatsApp

Mais conteúdos valiosos para ler

Gostou do nosso artigo? Deixe seu comentário abaixo