Cientistas associam o Alzheimer à ingestão de alumínio na água
Nas águas superficiais e nas águas subterrâneas, as concentrações de alumínio variam substancialmente, de acordo com fatores físico-químicos e geológicos. Além de encontrar-se nas águas superficiais e subterrâneas, o alumínio é um dos elementos presentes na chuva ácida que contamina rios, lagos, peixes, aves e, no fim da cadeia alimentar, os seres humanos. Além da contribuição das chuvas ácidas, as concentrações de alumínio nas águas de superfície podem ser aumentadas, direta ou indiretamente, pela atividade humana com descargas industriais e municipais, com o deslocamento de terra contendo alumínio e com a presença de complexos de alumínio que a matéria orgânica pode formar.
No tratamento das águas naturais, destinadas à produção de água para consumo humano, o alumínio é utilizado por vezes na forma de sulfato, para provocar a coagulação/floculação das substâncias presentes na água bruta, sob a forma de suspensões coloidais.
Mas o alumínio não é um problema?
Sim, o alumínio pode ser altamente tóxico quando ingerido em quantidades que o seu organismo não consegue eliminar. Isso é o que comprova, através de um extenso estudo realizado, uma equipe francesa da Johns Hopkins University School of Hygiene and Public Health, que investigou durante 8 anos os efeitos do alumínio ingerido pela água por 2.698 pessoas de 65 anos ou mais, residentes de Gironde e Dordogne, no Sudoeste da França.
Ao final da pesquisa realizada sobre coleta massiva de informações da amostragem, constatou-se a ocorrência de Demência ou Alzheimer em 253 participantes, o que levou o grupo de pesquisadores a publicar em seu artigo no American Journal of Epidemiology, a consideração final de que “estes resultados corroboram com a hipótese de que uma alta concentração de alumínio na água potável, pode ser um fator de risco para a doença de Alzheimer”.