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O que é refluxo e como tratar?

“Tem uma bola na minha garganta”

O poder da água alcalina evidenciado no tratamento do refluxo que ataca metade da população.

 

Os sintomas são muito incômodos, como a “sensação de bola na garganta”, ou globus faríngeo na linguagem científica. O refluxo, que pode se apresentar sob as formas de refluxo gástrico, refluxo esofágico e refluxo das vias aéreas é considerado uma doença de alta prevalência e também uma epidemia. Em 2007, uma análise de 17 estudos de prevalência revelou que a doença de refluxo havia aumentado em média 4% ao ano desde 1976. Mas estes números assustam ainda mais quando nos deparamos com a triste estatística do Instituto Nacional de Câncer, nos Estados Unidos, que aponta para um aumento em 850% (assustador mas é isso mesmo, oitocentos e cinquenta por cento!) nos casos de câncer de esôfago naquele país nos últimos 30 anos.

Estima-se que aproximadamente 50% dos brasileiros sofrem de refluxo, uma doença não somente incômoda mas também cara e de tratamento muitas vezes demorado.

Os 10 sintomas mais evidentes do Refluxo:

• Dor e dificuldade para engolir
• Mau hálito e/ou gosto desagradável na boca
• Arrotos frequentes
• Dor no peito
• Azia
• Rouquidão
• Regurgitação
• Dor na garganta
• Tosse
• Asma

Pergunta básica:

Mas enfim, o que é o refluxo? Por que ele acontece?

Também conhecida como doença de refluxo gastroesofágico (DRGE), a doença de refluxo ácido é uma irritação crônica do revestimento do esôfago pelo ácido do estômago. Geralmente, é apenas irritante, mas a DRGE pode, no entanto, ter consequências graves, incluindo esofagite e esôfago de Barrett. O esôfago de Barrett é uma condição que aumenta a probabilidade de câncer de esôfago.

O refluxo gastroesofágico é uma condição em que o conteúdo do estômago “vaza” para o esôfago causando irritação. Três em cada 10 pessoas sentem azia ocasionalmente, por isso é importante observar os sintomas antes de um diagnóstico efetivo, que pode ser obtido através de investigação com acompanhamento médico e exames como radiografia, endoscopia ou pH-metria. É comum que pessoas com incidência de azia e regurgitação tomem antiácidos na tentativa de alívio dos sintomas, mas eles não agem na causa do problema.

Quando nos alimentamos, a comida passa da garganta para o estômago através do esôfago. Um anel de fibras musculares no esôfago inferior evita que os alimentos engolidos voltem. Essas fibras musculares são chamadas de esfíncter esofágico inferior. Quando este anel de músculo não fecha todo o caminho, o conteúdo do estômago pode passar de volta para o esôfago. Isso é chamado refluxo ou refluxo gastresofágico, que causa sintomas muito desagradáveis.

O refluxo é causado por uma redução do pH do estômago, que deve estar entre 1 e 3 (altamente ácido). Essa química é responsável pelo fechamento do músculo entre o esôfago e o estômago, mas com a alteração da acidez essa passagem fica aberta e vem o refluxo: o que sobe são restos alimentares, o ácido clorídrico e pepsina, uma enzima fundamental para o mecanismo fisiopatológico da doença do refluxo e que responde ao pH do estômago. A pepsina 3b, que compreende mais de 90% da pepsina humana, permanece estável até pH 7,4 e pode ser reativada por íons de hidrogênio de qualquer fonte, incluindo fontes dietéticas.

Duas mulheres e uma pesquisa 

Jamie A. Koufmanm é médica e pesquisadora nos campos de laringologia, refluxo ácido e voz há mais de 25 anos em Nova Iorque e Nikki Johnston é PhD, professora e pesquisadora da Universidade de Medicina de Wisconsin.

As duas cientistas são responsáveis pelo estudo que indica que a água alcalina pode ter um papel muito importante na desativação da pepsina. A pesquisa, publicada no Annals of Otology, Rhinology & Laryngology, descreveu os testes laboratoriais realizados para determinar se a pepsina humana pode ser inativada  com a ingestão de água alcalina. Além disso, a capacidade de tamponamento da água alcalina foi medida e comparada com águas engarrafadas mais populares, que variam geralmente entre pH 6.4 e 7.6.  As doutoras Koufman e Johnston foram as primeiras a sugerir uma relação entre a epidemia de refluxo/câncer e o excesso de ácido na dieta americana. Desde 1973, todos os alimentos e bebidas engarrafados e enlatados (exceto a água) são obrigados por lei a ter um pH menor que 4,6 e a maioria está bem abaixo do pH 4,0.   

As pesquisadoras de basearam em três protocolos de pesquisa alcalina relacionados à água:


  • O impacto da água alcalina sobre os resultados terapêuticos (sintomas e achados) em pacientes com refluxo.
  • O impacto do consumo de água alcalina nos episódios de refluxo em tempo real avaliados durante os estudos de monitorização do pH;
  • Um estudo longitudinal do impacto da supressão ácida com uma dieta de baixa acidez e pH acima de 8,8 de água alcalina em 20 pacientes com esôfago de Barrett comprovado por biópsia.

Ficou claro como a água 

Os resultados mostraram que a água alcalina de pH 8,8 conseguiu inativar irreversivelmente a pepsina humana. Os testes também apontaram para a capacidade muito maior de agir como um tampão do ácido clorídrico muito superior ao das águas de pH convencional.


Ao concluir o estudo, as pesquisadoras demonstraram que ao contrário da água potável convencional, a água alcalina de pH 8,8 ou maior pode ter benefícios terapêuticos para pacientes com doença de refluxo. Estas informações in vitro indicam que “água alcalina pode ser um coadjuvante útil e sem risco para o tratamento do refluxo”, afirmam as autoras no relatório final da pesquisa.


Como quase todas as águas de torneira e garrafas no Brasil são de pH 6 a 7,6 e não contêm bicarbonato, não se espera que as águas convencionais tenham benefícios terapêuticos para refluxo. Já a água alcalina desnatura rápida e irreversivelmente a pepsina 3b humana in vitro e demonstra capacidade moderada de tamponamento do ácido clorídrico. Os objetivos da terapia anti-refluxo são restaurar a fisiologia farino esofágica normal e ajudar a remover (“lavar”) a pepsina ligada ao tecido.

A ação da água alcalina no organismo é diferente de águas minerais comuns e mais ainda as gasosas, que tem pH em torno de 4, considerado ácido. Ou seja, certas águas podem agravar a acidez, diferentemente da água alcalina.

Quem sofre de refluxo, além de trocar a água mineral pela alcalina, deve mudar alguns hábitos comuns na dieta. Refrigerantes, café, açúcar, alimentos processados, frituras e bebida alcoólica devem ser evitados ao máximo. Para alcalinizar o organismo, prefira aderir ao suco verde, às hortaliças e frutas em abundância, sem se esquecer do limão e da água de coco. O chá de hortelã também é uma boa alternativa.

Mude sua água! Mude sua saúde.

Veja abaixo uma receita super alcalina para te ajudar a fugir do refluxo

Embora exista muita evidência científica sobre qualidade da água, ainda há poucos estudiosos no assunto no Brasil. Para dirimir estas dúvidas e facilitar a vida de quem quer entender mais o assunto Água compilamos centenas de artigos científicos em textos de melhor compreensão. 

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